Estar na equipa de volei da FDUNL/NOVA IMS foi uma das melhores experiências que tive até agora no mundo do voleibol.
Estou no desporto federado desde o meu 9º ano e nunca pensei que o voleibol universitário me ensinasse tanto.
Fui muito bem recebida desde o inicio e senti sempre que houve incentivo para criarmos amizades que vão muito para além dos jogos e dos treinos.
O ano passado não foi propriamente fácil, lutámos muito e chegámos bastante longe no entanto, a nossa luta pelo terceiro lugar
mostrou que o psicológico numa equipa é dos fatores mais relevantes para a sua vitória. Porém,
depois da derrota, o que poderia levar muitas equipas a distanciarem-se deixou-nos mais próximas e ficámos
a falar e a chorar uma hora no balneário. E acredito que foi essa união em momentos difíceis que nos
fez chegar tão longe esta época.
Fui pela primeira vez nomeada como capitã, e devo dizer que foi uma honra poder ter este papel principalmente no primeiro
ano que atingimos a primeira divisão. Mas para mim todas nós somos mini-capitãs. Algumas são melhores a mostrar liderança,
outras a mostrar apoio e outras a mostrar responsabilidade. Presenciei a importância da humildade, porque existem muitas
jogadoras que sempre vieram treinar e raramente jogam, no entanto, continuam lá a apoiar a equipa e a demonstrar garra
como se estivessem dentro do campo. E posso-vos dizer que este apoio vindo de fora é crucial para quem está lá dentro.
Há muitas de nós que nunca jogaram no federado no entanto a velocidade a que evoluiram em tão pouco tempo é no minimo inspirador.
Esta equipa (que inclui jogadoras e treinadores) também me ensinou a ter confiança naquilo que sou capaz, ajudaram-me a perceber que é necessário
perder o medo de falhar para pudermos chegar longe. Insistiram comigo, em treino e em jogo, mesmo quando nem eu acreditava naquilo que era capaz.
Estou-lhes muito grata por estes dois anos.