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Cheguem mais perto. Sim, vocês aí! Deixem-nos sussurrar-vos ao ouvido o segredo mais bem guardado do Jur.nal. Estão prontos? Shhhh, não façam muito barulho que alguém nos pode ouvir! Okay, partida, largada, fugida… Aqui vai: Somos muitooooo mentirosos. Adoramos contar mentiras. Kant e o seu imperativo categórico odiar-nos-iam. A nossa farsa mais bem montada talvez tenha berço no nosso próprio nome. Tanto no “Jur”, como no “nal”.

Ora, vejamos, reza a lenda que no Jur.nal nunca foi avistado um único jurista e, dos que entravam pelas portas jur.nalescas a dentro (até gritando em alto e bom som “abre-te sésamo”), nunca mais se ouviu falar deles. Aqui não há juristas. Banimos os juristas do Jur.nal.

Depois de entrarem na nossa casa (e, claro, descalçarem os sapatos, porque alguma lei pode vir pegada à sola), poderão encontrar, sim, um escritor na sala a falar com seu cão, um poeta afoito na casa de banho a fazer caretas ao espelho, uma ilustradora a rabiscar cada canto branco nas paredes do quarto… Aqui, as normas e as leis ficam à porta, são substituídas pelos versos, pelos parágrafos e pela beleza de acabar um texto de lágrimas nos olhos.

A casa cheira a lirismo e, apesar da nossa tendência mentirosa, também existem laivos de vulnerabilidade. Diz-se que estes nossos inquilinos, à nascença, foram embebidos por loucura. É que como a nossa casa jur.nalesca os incita a pensarem pelas próprias cabeças, às vezes, isso faz com que as percam, provocando muitas crises existenciais. (Mas, não faz mal, o vizinho do terceiro andar encontra todas as cabecinhas e coloca-as à nossa porta, tudo fica bem no final).

Para além de não ter nada de “Jur”, o “Jur.nal” também não tem nada de jornal. Sabem, aqueles vendidos todas as quartas feiras, que nos contam tragédias que iriam chocar gregos antigos. Apesar de não gostarmos de terminologias que irão simplificar demasiado aquilo que fazemos (não será isso também um problema da Língua em geral?), poderíamos adotar o vocábulo “mixórdia” para nos descrever.

O Jur.nal é um espaço que incita à criatividade e que explora os locais recônditos da imaginação do cogitar. Com quase 25 anos de idade, dá aos estudantes uma plataforma para se aventurarem na luta, dia após dia, por um ensino dos estudantes para os estudantes, ensino este verdadeiramente livre, usando a escrita como arma que carregam ao peito, símbolo de reivindicação e fomentação do espírito crítico.


O Jur.nal é o elogio da loucura da FDUNL, é o espaço para afirmar com todos os dentes, como Erasmo de Roterdão, que a pior das loucuras é, sem dúvida,
pretender ser sensato num mundo de loucos.

A Direção de 2023/2024,

Sofia Dias

António Subtil

Francisco de Jesus

Inês Brazão

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